Há alguns livros que estão sempre em um lugar bem escondidinho nas nossas estantes. A gente pode não vê-los, mas eles estão lá, nos observando quietos, calados, esperando a sua vez de sair da estante e contar a sua história. A casa da madrinha, de Lygia Bojunga é um desses livros, daqueles que por alguma força estranha, tiramos da estante para dar uma espiada.
Este livro conta a história de Alexandre, um menino muito pobre, que deixa a sua casa e a sua vida no Rio de Janeiro para sair em busca da casa da madrinha.
Tudo o que ele sabe sobre esta casa é que ela fica num morrinho completamente preenchido por flores. No meio dessas flores há um caminho para subir feito com pedras amarelas. A casa é toda branca, com 4 janelas vermelhas: 2 na frente e 2 atrás. Com uma porta toda azul que tem uma flor amarela no peito. Dentro da flor, está a chave da porta. A casa tem vista para o mar mais clarinho e bonito que existe e também para um mato super divertido onde se encontra todo tipo de coisa.
A única instrução que Alexandre recebeu para chegar neste lugar é: seguir reto toda a vida que um dia ele vai chegar lá.
No meio do caminho, ele encontra o Pavão, que como o próprio nome já diz, é um pavão, o mais belo que existe. A ave tem o pensamento pingado e por isso aceita tudo o que o mandam fazer. Assim como Alexandre, ele está em busca de algo. Ele procura a Gata da Capa que é o amor da vida dele. Tentando encontrá-la, o Pavão passa por muitos lugares e muitos donos, até que encontra Alexandre. Os dois vão juntos, cada um ajudando a procurar o que o outro quer achar.
Eles também conhecem Vera, uma menina que mora com os pais em um pequeno sítio. Ela fica completamente maravilhada com a ideia de existir um lugar tão incrível como a casa da madrinha. Então ela, Alexandre e o Pavão, tornam-se grandes amigos.
No final, eles chegam na casa da madrinha e se divertem como em um sonho. Porém, infelizmente, Vera precisa voltar para casa.
Depois que a deixaram, Alexandre e o Pavão fazem de tudo para encontrar o caminho de volta para a casa da madrinha, mas não conseguem reencontrar. Eles decidem continuar indo reto, porque quem sabe eles se deparam novamente com a casa dos sonhos. "Nós não podemos perder a esperança de encontrá-la!"
Eu gostei muito da história porque nos faz imaginarmos dentro da casa da madrinha. Um lugar onde o mal não pode entrar, um lugar que fica além do arco-íris.
Nunca subestime um livro amarelo escondido na estante.
Confira a capa:
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